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Lembramo-nos de ter lido em tempos, num qualquer escrito de experiente e perito comunicador e birdwatcher de que, as mais reveladoras e indeléveis evidências do definitivo contágio pelo "bichinho" do birdwatching podem ser, invariavelmente, encontradas na mesa de cabeceira da "vítima"...guias vários de identificação de aves; monte de revistas da especialidade crescendo diariamente e a olhos vistos; bibelots relacionados, com tendências de proliferação idênticas à anterior; manuais de instruções dos equipamentos ópticos com letras já gastas de tanta leitura e releitura...
e mais!
dar por ela, "a vítima", às 8 da matina de quase todos os domingos do ano, em pleno campo, quer chova quer faça sol, rejeitando manhãs de completa perguiça que, diga-se, muitas das vezes bem merecida, à procura de quem não encontra...então, não existem dúvidas! ei-lo aí!!! aí está outro!
Por nós, nem nos preocupamos já em ocultar provas!...
Contudo, existe o "lado obscuro da lua"...o reverso da medalha...a consciência de que não é fácil para a "famelga" e...também que,...não é fácil sem ela!
E é por isso que hoje e desta forma, queremos manifestar o nosso reconhecimento pela compreensão, tolerância e condescendência de quem, chegadamente nos alberga, nos acompanha e apoia em tão bizarras andanças.
Pois é, sabemos que disto, a única recompensa que poderemos deixar são as imagens registadas que ansiosamente queremos melhorar.
As melhores, já são vossas também!
BEM HAJAM!
E como é primavera, avançam agora dois jovens das novas gerações...
o primeiro, um juvenil de Melro Preto, mirando-nos, curioso, ali para os lados da estação da Ortiga...
o segundo, humildemente confessamos, não conseguir identificar...
mas era uma ternura indefesa...terá sobrevivido, queremos crer! ali para os lados da Amêndoa...
...depois de o chatearmos por breves instantes, deixámo-lo. Seguramente que os pais o viriam resgatar...cumprindo com seus deveres e obrigações!
e até depois...
hmmm...post um pouco piegas, hoje...
...quando ultrapassa objectivos planeados?
Damos connosco agora e por vezes, a relembrar quais as metas traçadas, vai para dois anos, aquando da "madureza" do compromisso assumido, ao propormo-nos desenvolver um blog com requisitos, de características e de dados, tão específicos...
Daquelas, depressa contamos 3 ou 4. 2 ou 3, satisfeitas plenamente. 1 ou 2, nem por isso...
Contudo, aquela que queremos tratar hoje aqui, é, sem sombra de dúvida, a mais aliciante, a mais motivadora, a mais "espinhosa", a mais desafiadora...
Sim, temos deixado claro que, chega esta época do ano, com a fértil e inspiradora Primavera, e uma espécie se nos apresenta, invariavelmente, como alvo de "captura", prioritário e inescapável. As suas cores, as suas vocalizações, os seus bailados/planados aéreos, a sua eficácia caçadora, assim o demandam.
Bem, nós de facto, já os tínhamos apresentado por cá duas vezes, uma delas, até, no último post. Pois sim! mas á maneira deles, não à nossa!...à maneira deles, só nos é permitida uma certa aproximação! À nossa, essa distância tem de ser reduzida substancialmente, invadindo um terreno crítico: o deles. Claro que, sem os importunarmos, permitindo-lhes a continuação dos comportamentos naturais da rotina diária.
E, é claro que, continuamos a falar dos Abelharucos.
Pois foi, este domingo, deu-nos para essa invasão! e as condições, essas já foram mais...à nossa maneira...
E olhamos então, satisfeitos, para um tal de...objectivo planeado, como que ultrapassado!...
Esperemos que gostem também dos resultados que, embora já apresentados, quiçá "apressadamente" , ainda não consideraremos como produto final...
Relembremos, então, as etapas do planeamento:
e até logo!!!
...e de imediato queremos confidenciar que, desta feita, demos uma pequenina saltada ao outro lado do nosso Tejo, um pouco para lá da velhinha "marambana", entre a Casa Branca e Alvega.
Objectivo nesta altura do ano: Abelharucos! antes que se decidam de novo a "desabelhar" para outras latitudes.
Tínhamos localizado, da nossa margem para a outra, uma colónia em nidificação que nos pareceu importante.
Google maps consultado, ajudantes batedoras recrutadas e respectivas bússolas, farnel, santana atestado e...vamos a isso! apalpemos o terreno.
Facílimo o acesso. Não tão fáceis as possibilidades de camuflagem e o alcançar duma distância de captura interessante...
De qualquer modo, lá nos decidimos regressar no dia seguinte, domingo último. As dezenas de indivíduos que nos sobrevoaram na véspera assim o exigiam.
6 e trinta da matina, céu de chumbo, luz pouco amiga, distância ao alvo com uma boa dúzia de metros. Necessidade de iso elevada, e...a ver vamos o que nos calha em sorte...
Nada de especial em termos fotográficos, devemos confessar, mas, persistência, continuará a ser palavra de ordem.
Eis um dos amigos Abelharucos
Todavia, por vezes, a natureza reserva-nos surpresas agradáveis...e
...querem lá ver quem veio posar para nós!
A amiga vistosa abaixo, que não nos tinha dado ainda a oportunidade de vo-la apresentar...
aqui, como que nos fazendo uma vénia...
não se poderá dizer que tenha imaginação fértil em termos de canto...o mesmo já não se dirá, em termos de... penteado...e eis a
Poupa (Upupa epops)
Reino: Animalia
Philo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Upupiformes
Família: Upupidae
Género: Upupa
Espécie: U. epops
Nome binomial: Upupa epops
Os seus hábitos de vida revelam uma particularidade bizarra e curiosa: o ninho de poupa, normalmente instalado em buracos de muros, árvores, ou outros, exala um cheiro atroz. Não por negligente ou descuidada higiene das mães ou pais poupa. É, isso sim, uma medida anti-curiosos e anti-predadores, por secreção de substâncias naturais fabricadas em glândulas próprias...
Enfim, curiosidades...Imaginem que trataríamos assim quem tem intenções de nos visitar...
até logo!!!